Na noite desta terça-feira (14), o deputado federal Capitão Alberto Neto conversou com o diretor do Depen, Fabiano Bordignon, por meio de live, sobre as medidas que estão sendo tomadas pelo departamento durante a pandemia de Covid-19.
 

Alberto Neto iniciou o bate-papo falando sobre a vasta experiência do diretor no sistema carcerário brasileiro. Bordignon é advogado e dirigiu a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, que recebe alguns dos maiores traficantes no Brasil, como Fernandinho Beira Mar. Hoje, está a frente do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). 
 

No órgão, Bordignon acompanhou a criação da Polícia Penal e coordena as medidas que estão sendo tomadas para evitar que o novo coronavírus entre nos presídios. Durante a live o diretor falou sobre o uso de videoconferências e esclareceu a polêmica em torno de uma suposta compra de tablets. 
 

“Acontece que adotamos as videoconferências para muitas reuniões dentro de departamento. Semanalmente, me reúno com os diretores das penitenciárias por meio de internet. Há algum tempo, a pedido de grupos de direitos humanos adotamos as visitas aos presos, para que os familiares lá no Acre possam, de forma controlada, falar com os parentes presos”, contou. 
 

Bordignon esclareceu que o departamento está melhorando o sistema de videoconferências e que diante de bom comportamento e com a unidade em pleno funcionamento alguns presos poderão utilizar o equipamento para falar com familiares. Tudo controlado e monitorado. 
 

Coronavírus 
 

“Logo na primeira semana quando o Brasil teve o primeiro caso, o Depen criou um grupo de trabalho, verificamos a necessidade de se fazer um isolamento maior das unidades prisionais. A primeira decisão foi fechar as visitas. Esse processo foi gradativo até que no dia 1 de abril todos os estados fecharam”, explicou. 
 

Até o momento, quatro estados brasileiros tiveram casos de detentos com Covid-19. Pará, Ceará, Distrito Federal e outro na Pernambuco. Segundo o diretor, o índice de contaminação de servidores é ainda maior. O departamento está acompanhando os casos. 
 

Alberto Neto também falou da recomendação do CNJ que tem autorizado a liberação de presos no país. “Vi o caso de um preso cuja procedência era de homicida com participação em crimes com uso de arma de fogo de uso restrito ser liberado. A população fica sem entender casos como este, que concede benefícios a detentos perigosos”, declarou.