Um dos meios mais defendidos pelas autoridades de todo o mundo como uma arma contra a proliferação do Covid-19, a quarentena tem também gerado um alerta para a sociedade: o aumento da violência doméstica.

O presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, já havia tocado no assunto quando disse: “Tem mulher apanhando em casa. Por que isso? Em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. (...)”  e foi duramente criticado pela grande mídia.

Diante de muitos relatos que foram se proliferando, especialmente pelas redes sociais, autoridades ficaram em alerta para o aumento deste tipo de violência contra a mulher, tanto é que o chefe da ONU – Organização das Nações Unidas - António Guterres, fez a seguinte declaração: “horrível aumento global da violência doméstica”, onde estava se referindo a casos de violência cometida contra mulheres e meninas, nesse período de quarentena imposta pelos governos como método preventivo à pandemia do coronavírus, e ainda continuou dizendo “para muitas mulheres e meninas, a ameaça parece maior onde deveriam estar mais seguras: em suas próprias casas” .

Segundo o Deputado Federal Capitão Alberto Neto “o fenômeno conhecido como 'ciclo da violência' não se inicia com a agressão física, mas começa previamente, sendo que o isolamento e o estresse emocional são fatores que podem aumentar exponencialmente o índice de violência intra lar. Dados atuais revelam isso. Estamos todos preocupados em como proteger as vítimas”. Por isso que, em tempo de quarentena e isolamento, temos grandes batalhas a vencer. O coronavírus é invisível, a violência não! A qualquer suspeita ou ameaça, denuncie ligando para o 180.

Com o objetivo de receber denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário,  o Ligue 180 – é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato).