Manaus - O clima esquentou, na tarde desta quarta-feira (12), durante reunião da Comissão Especial que analisa a PEC 199/2019 na Câmara dos Deputados. O debate contou com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que foi impedido de responder um questionamento do deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos/AM) após o início de uma discussão pelo deputado Glauber Braga (Psol/RJ).

Alberto Neto ressaltou melhorias nos índices de segurança pública em todo país no último ano, como o número de homicídios que apresentou uma queda e falou de medidas que prejudicaram o Brasil. A decisão do Superior Tribunal Federal (STF) de conceder liberdade a presos em segunda instância ocasionou a soltura de 85 mil presos em todo país.

“Quando o governo é honesto o país tem segurança. E não houve nenhum grande investimento em segurança pública até este momento durante a gestão do nosso ministro. Mas, os índices do governo Bolsonaro foram caindo pelo trabalho que tem se desenvolvido. Aqui estamos tentando corrigir uma falha do STF”, ressaltou.

O deputado parabenizou o ministro Moro pelo pacote Anticrime e garantiu que a bancada da segurança pública no Congresso está empenhada em discutir a PEC. Alberto Neto questionou o ministro em relação ao impacto da decisão do STF sobre as prisões em segunda instância realizadas no âmbito da operação Lava Jato e o que pode mudar com a aprovação na legislação.

Mas, o ministro da Justiça foi impedido de prestar os esclarecimentos solicitados pelo deputado amazonense. Isso porque o deputado Glauber Braga iniciou uma série de insultos contra o ministro. “A verdade é que o senhor é um capanga da milícia e da família Bolsonaro. Finge se apresentar nesta comissão como um defensor do Brasil contra a corrupção, mas está no exercício do Ministério blindando corruptos”, acusou o parlamentar.

Sérgio Moro rebateu as críticas. “Senhor não tem fatos, senhor não tem argumentos, só tem ofensas, o senhor é um desqualificado. Quem protegeu milícia foi o seu partido”. O deputado precisou ser contido após ofender outros parlamentares presentes na sessão, que precisou ser encerrada pelo presidente. 

Texto: Rita Ferreira

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