Excelentíssimo Sr. Ministro da Saúde:

O câncer de colo uterino é o terceiro que mais mata mulheres no Brasil. O Sistema Único de Saúde preconiza e oferece ações de proteção, rastreamento, diagnóstico e tratamento, sistematizadas no bojo da atenção integral à saúde da mulher. Como medida de prevenção, a vacina contra o papilomavírus humano foi recentemente incorporada a essas medidas.

As mortes por câncer de colo do útero são extremamente injustas, uma vez que são evitáveis por meio de condutas de baixa complexidade. O tema é tão premente que motivou a Organização Mundial da Saúde a estabelecer a diretriz pela sua eliminação em todo o mundo.

A estruturação da rede de atenção ainda não alcançou o desempenho ideal, haja vista que o Instituto Nacional do Câncer estimou a ocorrência de mais de seis mil mortes pela doença em 2018. Tomamos como exemplo o estado do Amazonas, que, em virtudes de suas características geográficas e populacionais, ainda apresenta grande incidência e dificuldade de acesso para o tratamento, especialmente cirúrgico, das fases avançadas da neoplasia. Em nosso estado do Amazonas, existe um único centro de referência que disponibiliza a conização. Fica evidente a necessidade de ampliar a rede de atenção, não apenas para uma unidade da Federação, mas para o país como um todo.